Mestre Macaco Branco fala sobre a força do samba da Vila Isabel e os caminhos até o Carnaval

Por Renata Campagnuci

O samba da Vila Isabel vem sendo um dos mais aclamados do período pré-carnaval, ecoando não apenas na comunidade, mas também entre sambistas de diversas escolas e do grande público. Mestre Macaco Branco, referência absoluta no comando da Swingueira de Noel, comentou sobre o tamanho dessa responsabilidade e o processo de construção artística que levou a bateria ao momento atual.

Segundo ele, ter um grande samba facilita o trabalho e eleva o nível do conjunto:

“A responsabilidade é grande, mas quando você tem um samba excelente, o nosso trabalho acaba ficando mais fácil. Tudo que é bom soma. É um samba que está aí nas mídias digitais, todo mundo aclamando como um dos maiores do Carnaval, então isso facilita para que a gente faça um grande desfile. É muito gratificante. A responsabilidade é só de tomar cuidado para não se exceder além daquilo que o samba pede, mas é muito mais coisa positiva do que negativa. É mais a favor do que contra.”

Mestre Macaco Branco também relembra a energia avassaladora vivida na escolha do samba:

“Na verdade, é um trabalho de construção. É um ciclo. O Carnaval tem vários ciclos: tem o enredo, depois a escolha do samba e, a partir daí, o projeto começa a nascer. Aquela ideia da Pedra do Sal, de fazer uma roda de samba, foi para exaltar tudo aquilo que o Heitor dos Prazeres deixou de legado para o Carnaval e para os desfiles das escolas de samba. Aquilo ali foi uma aclamação a esse grande artista, e automaticamente fomos construindo aos poucos esse projeto que vai ser grandioso na avenida.”

Sobre o que o público poderá esperar da bateria no desfile oficial, o mestre adianta:

“A gente deve fazer praticamente tudo que vai ser apresentado no minidesfile. Tem alguma surpresinha que só pode ser revelada no dia, mas 90% do projeto já está aí.” Finaliza macaco branco

📸 Diogo Ferreira